domingo, 10 de julho de 2011

Por que 2011 será o ano da computação nas nuvens?

Embora o termo não seja recente e que os primeiros serviços a utilizarem a computação nas nuvens já tenham alguns anos, a tecnologia está em ebulição pelos quatro cantos da internet. Grandes empresas do ramo investem pesado em desenvolvimentos e a “cloud computing” quase sempre é o foco de suas conferências.

Descubra qual é o mistério por trás da computação nas nuvens e por que a tecnologia está prestes a dar um grande salto. Mesmo que você nem saiba exatamente a que ela se refere, logo ela fará parte do seu dia a dia.

Sai o hardware, entram as nuvens

Cloud computing é um termo bastante abrangente que define os dados que não se encontram em um computador específico, mas sim, em uma rede. Pode-se dizer que a informação está em determinado PC, mas não que ela pertence a ele. Dessa forma, dados podem ser acessados e editados a partir de diferentes máquinas, refletindo o resultado em todas as demais.
Um bom exemplo é a sincronização de arquivos nas nuvens: a partir de um espaço comum a múltiplos computadores, qualquer arquivo adicionado a ele também é transferido a todas as demais máquinas da rede. No entanto, caso um desses computadores pife e todos os seus dados sejam perdidos, a informação continua intacta, pois não depende do hardware.
Armazenamento e sincronia

Assim, entra em cena a finalidade mais explorada da computação nas nuvens até o momento: o armazenamento e a sincronia de arquivos. Instalando o plugin do Dropbox, por exemplo, você reserva um espaço da máquina para a sincronia com as nuvens. Toda e qualquer mudança feita nesse espaço reservado se reflete em todos os demais computadores que também contem com o aplicativo.

De maneira um pouco mais simples, funcionam o Amazon Cloud Drive e o Microsoft Skydrive, nos quais você basicamente ganha um espaço para salvar e compartilhar seus arquivos em um drive virtual na rede. Quando precisar, você pode acessar e editar seu conteúdo a partir da rede, como qualquer outro diretório do seu computador.

Google Music

Temporariamente disponível apenas para o território estadunidense, o Google Music já está em fase aberta de testes. Trata-se de uma solução criada pelo Google para manter sua coleção de músicas sempre junto de você. As faixas podem ser adicionadas e ouvidas a partir de qualquer computador, mesmo quando desconectado da rede. A ferramenta promete ainda auxiliá-lo a criar listas de reprodução baseadas no humor do usuário.

Não é de hoje que o Google investe em serviços nas nuvens. O próprio Google Docs segue esse mesmo conceito, já que qualquer usuário utiliza um serviço executado a partir de servidores remotos. Na verdade, o Google Maps e o próprio Gmail funcionam de maneira parecida: seu computador acessa um software que roda a partir da internet.

Serviços nas nuvens

Surge aqui a segunda e mais promissora alternativa da computação nas nuvens: a execução remota de aplicativos. Nesse caso, servidores rodam um programa ou acessam uma determinada informação enquanto o PC do usuário empresta apenas seu monitor, mouse e teclado para que você interaja com o serviço.

Muitas empresas de tecnologia apostam nesse rumo como o futuro da internet para os próximos anos. Além de já disponibilizar diversos serviços que rodam a partir das nuvens, o Google também desenvolve um sistema operacional totalmente baseado nesse conceito: o Chrome OS.
Nele, os computadores precisariam de uma quantidade mínima de informações para serem inicializados e acessariam todos os programas adicionais pela internet. Como todas as informações viriam das nuvens, computadores assim não precisariam de um hardware robusto e provavelmente teriam um custo reduzido. Isso ajudaria na difusão da tecnologia pelas mais diferentes camadas sociais.

Games nas nuvens

E que tal dizer que qualquer computador conectado à rede é capaz de executar Crysis? Com o serviço OnLive, inaugurado no início de 2011, isso já é possível. Nele, os jogos são rodados a partir de servidores remotos, deixando para sua máquina apenas o trabalho de reproduzir uma transmissão via streaming e o de enviar os comandos para o servidor. Todo o processamento gráfico é feito remotamente e chega até você por cloud computing.

O mais impressionante é que o serviço já se encontra em pleno funcionamento e pode ser testado gratuitamente pelo primeiro mês, inclusive no Brasil. A parte desanimadora é que, para jogar nas nuvens com qualidade satisfatória, você precisa de uma generosa banda larga (por volta de 20 Mbps) e com uma conexão estável, algo bastante raro em nosso país. Só nos resta torcer para que as bandas brasileiras se alarguem para a chegada das novas tecnologias.

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